A FGV apresenta o IVAR – novo indicador de preços do aluguel residencial para o mercado imobiliário – com leve alta de 0,66% em dezembro
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) anuncia o lançamento de um novo Índice de Variação de Preços de Aluguéis Residenciais (IVAR/FGV).
O novo indicador será calculado com base em dados coletados de contratos assinados por inquilinos e locatários de quatro capitais – Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte – obtidos pelo FGV IBRE perante empresas administradoras de imóveis.
O objetivo é medir a evolução dos preços e preencher uma lacuna nas estatísticas nacionais nesse nicho. O índice utiliza valores negociados dos aluguéis em vez de dados de anúncios como base de cálculo.
Fazem parte dados como os valores dos contratos novos e dos reajustes de contratos existentes, além das características de cada imóvel.
A metodologia estatística empregada permite a mensuração robusta da variação média dos valores do aluguel ao longo do tempo, refletindo melhor o cenário – oferta e demanda – do mercado de locação de imóveis residenciais.
O IVAR é um indicador que surge com a proposta de medir a evolução dos valores do aluguel de maneira mais precisa e efetiva que o IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado), referência nos contratos, mas que reflete e acompanha os preços do setor produtivo, com influência do dólar e pouca relação aos custos de moradia e habitação.
Aluguel com alta em dezembro de 2021
Em sua primeira apresentação como indicador de pesquisa para o aluguel de imóveis, o IVAR subiu 0,66% em dezembro de 2021. Houve desaceleração com relação à taxa registrada no mês passado, de 0,79%.
Com este resultado, o índice acumula variação de -0,61% em 12 meses, representando também uma desaceleração na comparação com a taxa interanual apurada em novembro, de +0,70%.
Comparando-se a variação acumulada em 12 meses (interanual) do IVAR com a de outros índices que tradicionalmente medem a evolução dos aluguéis residenciais no Brasil, o resultado foi bem diferente em dezembro.
O subitem Aluguel Residencial do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15 do IBGE) e o subitem correlato do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S do FGV IBRE), por exemplo, subiram 6,98% e 4,45%, respectivamente, nas mesmas bases de comparação.
Ao longo dos últimos dois anos, os índices que medem a evolução dos valores de aluguéis residenciais registraram pouca oscilação em suas taxas de variação interanual, enquanto o IVAR captava muitas nuances.
“O setor imobiliário foi profundamente afetado pelos efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho. O desemprego elevado sustentou negociações entre inquilinos e proprietários que resultaram, em sua maioria, em queda ou manutenção dos valores dos aluguéis, contribuindo para o recuo da taxa anual do índice”, avalia Paulo Picchetti, Pesquisador do FGV IBRE e responsável pela metodologia do IVAR.
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Aluguel desacelera em São Paulo e no Rio de Janeiro
Entre novembro e dezembro, a taxa de variação mensal do IVAR desacelerou em duas das cidades de maior peso, São Paulo (de 0,78% para 0,48%) e Rio de Janeiro (de 1,46% para 1,03%). Enquanto em Belo Horizonte (de 1,00% para 1,17%) e Porto Alegre (de 0,27% para 0,43%), houve alta das taxas de variação.
Considerando a tendência da variação acumulada em 12 meses, todas as cidades componentes do IVAR apresentaram desaceleração, mas apenas São Paulo retrocedeu mais que o índice médio, registrando queda de 1,83% em dezembro.
Em Porto Alegre a taxa acumulou queda de 0,35%. A maior variação interanual ficou com Belo Horizonte, com alta de 1,46%, seguida por Rio de Janeiro, com elevação de 0,46%.
“Ainda que a inflação, medida pelos principais índices de preços do país esteja em aceleração, a variação interanual dos aluguéis residenciais segue em desaceleração. A alta da inflação vem reduzindo a renda familiar, que segue pressionada pela apatia da atividade econômica e pelo alto índice de desemprego. Com a renda familiar em baixa, os valores dos aluguéis tendem a acompanhar tal tendência, refletindo o avanço das negociações entre inquilinos e proprietários” avalia André Braz, Coordenador dos índices de preços do FGV IBRE.
O IVAR/FGV terá divulgação mensal e passa a integrar, a partir de 2022, o calendário fixo de divulgação de índices, indicadores e sondagens do FGV IBRE.
Com base na análise do indicador do aluguel é possível avaliar as oportunidades, perspectivas e tendências de mercado e estudar o comportamento do cliente para orientar o trabalho e de imobiliárias e corretores de imóveis.
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