Se você chegou àquele estágio em que olha para a sua carreira de advogado e sente que está faltando alguma coisa ou acha que pode fazer mais e conseguir melhores resultados, que o ajudem a conquistar sua independência financeira mais rapidamente, fica a pergunta: você já pensou que pode ser um excelente corretor de imóveis?
Seja qual for o seu caso, você não precisa abrir mão de sua carreira no Direito, porque é perfeitamente possível conciliar as duas, colaborando para a sua satisfação pessoal e o aumento dos seus ganhos.
O que o corretor de imóveis e o advogado têm em comum?
É possível que você se pergunte o que uma profissão tem a ver com a outra. Por que alguém iria dizer que você, advogado há vários anos, seria um excelente corretor de imóveis? Afinal, uma lida com os trâmites legislativos da sociedade e a outra, com vendas. Bem, superficialmente pode ser isso mesmo, só que ser corretor de imóveis não tem nada de superficial, e muito menos se trata apenas de vender alguma coisa.
Na realidade, o corretor trabalha realizando sonhos, afinal, ter uma casa própria — para a grande maioria da população — significa uma escolha de uma vida inteira. O assunto é complexo e envolve, entre outras coisas, um ótimo conhecimento sobre legislação. Além disso, demanda o estabelecimento de um relacionamento de confiança entre o profissional e o cliente.
Portanto, as características de um advogado são bastante úteis na corretagem de imóveis:
- Conhecimento das leis;
- Experiência com formalização contratual;
- Alto poder de argumentação e persuasão;
- Planejamento estratégico (necessário em qualquer tipo de empreendedorismo);
- Habilidade de saber ouvir;
- Capacidade de descobrir semelhanças e pontos em comum, transmitindo segurança e confiabilidade;
- Inteligência emocional;
- Capacidade de pensar em alternativas;
- Aptidão para realizar juízo de valores;
- Gosto pela superação de desafios, além de muitas outras.
Na verdade, o advogado pode utilizar suas habilidades para criar diferenciais na carreira de corretor de imóveis, ganhando destaque frente à concorrência e fidelizando muito mais clientes. E o melhor de tudo é que, se ele não quiser mudar de profissão, pode conciliar as duas perfeitamente, agindo em ambas as esferas, sem que um interfira a outra.
Quais as vantagens de conciliar advocacia e corretagem de imóveis?
Não quer passar mudar de profissão e tem medo de não se adaptar? Isso é normal, principalmente se você pensar que, de acordo com os dados do CRECI-SP, 78% dos corretores de imóveis vêm de outras áreas, principalmente:
- Direito;
- Administração;
- Arquitetura;
- Engenharia etc.
Como o corretor tem a possibilidade de fazer seu próprio horário, tudo o que você precisa é de organização e planejamento: dois conceitos, aliás, necessários para qualquer empreitada.
A princípio, você vai precisar se organizar para fazer o curso técnico em transações imobiliárias, indispensável para tirar a carteira do CRECI e sem a qual você não está legalmente habilitado a atuar como corretor de imóveis. Por isso, preste muita atenção, para não cair em qualquer cursinho por aí. Escolha uma instituição que:
- Seja conhecida no mercado;
- Ofereça o melhor conteúdo;
- Tenha professores altamente capacitados;
- Seja aprovada pelo CRECI e COFECI, os õrgãos reguladores da profissão.
Se o seu tempo estiver apertado, você pode optar pelos cursos EaD, nos quais é possível programar o melhor horário das aulas, sendo necessário apenas fazer a prova presencial em um endereço que seja cômodo e se adeque à sua rotina.
Como manter as duas profissões simultaneamente?
Depois de realizar o curso, você deve organizar seu tempo para as funções como corretor:
- Captar imóveis;
- Fazer atendimentos e visitas;
- Criar um relacionamento com os clientes, através de uma boa divulgação.
Além de uma agenda bem organizada, você ainda pode contar com a tecnologia, já que há diversos softwares desenvolvidos exclusivamente para corretores de imóveis que automatizam diversas rotinas diárias, facilitando e otimizando seu tempo.
Outra dica é separar bem as duas funções. Por exemplo, evite usar o telefone de um local de trabalho para resolver problemas do outro, e defina bem suas prioridades e metas para ambas as atividades, para que uma não desqualifique a outra. Ou, você também pode tentar uma união de ambas. Uma opção é trabalhar como especialista em advocacia imobiliária e contratual, por exemplo, uma área bastante promissora.
Mas não esqueça que, se optar pela dupla jornada de trabalho em vez de mudar de profissão, você deve utilizar os conhecimentos de uma para alavancar a outra carreira e também precisa ser criativo, proativo, dinâmico, além de gerenciar bem seu tempo. Assim, você vai desempenhar com sucesso suas as atividades e aumentar seu ganho mensal. E, caso queira, mais adiante, pode escolher a que estiver sendo mais compensadora.
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Justo o que procurava sobre direito imobiliário.
Obrigado por compartilhar! Vou acompanhar mais seu blog. Parabéns!!
post interessante, mas não esclarecedor, especialmente por não abordar a limitação do advogado em atuar simultaneamente, no mesmo espaço físico, na captação de clientela. Segundo a jurisprudência, o advogado não pode atuar como corretor e advogado no mesmo ambiente.
Minha dúvida é justamente essa. Neste post, quem lê imagina que de fato pode exercer advocacia e corretagem simultaneamente, porém não é bem assim. Há na internet notícias de advogados sendo processados por exercer as duas. Minha dúvida é: Quais são os limites, até onde pode atuar e não se enroscar depois na justiça.
Realmente são duas profissões que se completam, o corretor de imóveis com a expertise em negociação além do conhecimento nas questões mercadológicas e o advogado com todo conhecimento técnico para garantir toda segurança jurídica nas análises de documentação de forma mais aprofundada, afinal são muitos os riscos que uma negociação imobiliária pode apresentar.
É importante observar que o profissional não pode ter uma imobiliária e um escritório de advocacia juntos em um mesmo espaço físico, é necessário que as duas atividades sejam exercidas de forma distintas, para que não haja conflito com os normativas éticas das duas profissões.
Obrigada!
é um absurdo o impedimento para exercer as duas atividades. o profissional quer crescer, expandir seus negócios, tem condições para isto, mas a legislação o impede de exercê-las. o próprio estado interfere na vida privada do profissional o impossibilitando de desenvolver suas habilidades de negociador e seu crescimento profissional, assim como de proporcionar melhores condições financeiras para si e sua família. É o Brasil.
Concordo plenamente. Um absurdo! “mercantilização da profissão” é a maior hipocrisia que estamos sujeitos