Pesquisa do CRECI – SP apresenta médias mais altas em setembro para o preço do aluguel e do metro quadrado de imóveis na cidade de São Paulo
O preço do aluguel residencial novo na cidade de São Paulo em setembro teve um aumento de 5,34%, em média, na comparação com agosto, marcando a segunda alta seguida e a maior deste ano. Os preços médios do metro quadrado dos imóveis tiveram um aumento maior, de 12,89%, segundo pesquisa feita com 268 imobiliárias pelo Creci – SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo).
Os aumentos nesses dois segmentos do mercado imobiliário superaram a inflação oficial, medida pelo IPCA, que foi de 1,16% em setembro, a maior alta para o mês desde 1994, quando o índice foi de 1,53%.
Nos últimos 12 meses, porém, o aluguel novo acumula aumento de 3,19% enquanto o IPCA está em 10,25%. Os preços dos imóveis usados seguem muito à frente da inflação, com 32,34% de aumento nesse mesmo período.
A alta de 12,89% nos preços dos imóveis usados teve reflexo direto nas vendas de casas e apartamentos em setembro, que caíram 17,74% em relação a agosto.
Aconteceu o mesmo com a locação de residências, que encolheu 1,98% sobre agosto devido à alta de 5,34% nos preços médios do aluguel.
Apesar do tropeço em setembro, os juros ainda baixos dos financiamentos bancários e a incapacidade financeira de comprar a casa própria da maioria da população vêm sustentando o desempenho positivo dos dois mercados este ano – a locação acumula alta de 31,64% e as vendas têm saldo positivo de 25,16%.
“A necessidade de morar de alguma forma força as pessoas e as famílias a espremer a renda para conseguir alugar uma casa ou apartamento, mas os proprietários precisam atentar para essa realidade caso não queiram ficar com a placa de aluga-se pendurada na porta ou exposta em portais de internet por muitos meses a fio, recomendação que também vale para os que querem vender”, alerta José Augusto Viana Neto, presidente do Creci – SP.
No caso do aluguel, ele baliza seu alerta nos dados que a pesquisa Creci – SP apurou. Em setembro, o aluguel mais barato na Capital – R$ 482,86 – foi o de casas de 2 cômodos em bairros da periferia agrupados na Zona E, como Brasilândia, Capão Redondo e Grajaú.
“Esse valor é 21% superior ao R$ 400,00 do aluguel social pago pela Prefeitura, o que mostra a dificuldade que muitas famílias de menor renda ou quase sem nenhum rendimento estão enfrentando para morar com alguma dignidade”, afirma Viana Neto.
Em bairros mais valorizados e distantes da periferia, como Brooklin e Vila Mariana, agrupados na Zona B da pesquisa do Creci – SP, o aluguel mais barato foi o de quitinetes, alugadas em média por R$ 750,00 mensais. Já o aluguel mais caro de setembro na Capital foi o de casas de 3 dormitórios situadas em bairros dessa mesma Zona B – os novos inquilinos vão pagar em média R$ 5.406,00 mensais.
Aluguel de imóvel até R$ 1.500
A pesquisa Creci – SP com as 268 imobiliárias da Capital apurou que 57,12% das locações contratadas por elas em setembro foram de imóveis com aluguel mensal médio de até R$ 1.500,00. A preferência dos novos inquilinos se dividiu entre os apartamentos (52,21%) e as casas (47,79%).
Os descontos que os donos dos imóveis concederam sobre os preços que inicialmente fixaram para aluga-los oscilaram do máximo de 8,79% para casas e apartamentos de bairros da Zona A a 6,61% nos da Zona B.
A Zona C, que agrupa bairros como Jabaquara e Lapa, e onde o desconto médio chegou a 8,58%, foi onde mais se alugaram imóveis em setembro – 33,8% do total. Seguiram-se a Zona D, com 22,82%; a Zona B, com 19,04%; a Zona E, com 17,53%; e a Zona A, com 6,81%.
As imobiliárias receberam mais imóveis do que alugaram em setembro – o volume de chaves devolvidas superou em 13,24% o de novas locações, sendo 39,98% por motivos financeiros e 60,02% por outros motivos, como mudança de bairro ou tipo de imóvel.
A principal forma de garantia adotada nesses novos contratos de locação foi a do depósito bancário de três meses do valor do aluguel, com 32,91% do total, seguida pelo seguro fiança (28,75%), pelo fiador (28,12%), caução de imóveis (7,31%), cessão fiduciária (1,64%) e locação sem garantia (1,26%).
A inadimplência nas imobiliárias pesquisadas pelo Creci – SP foi de 5,16% em setembro, um aumento de 12,42% sobre os 4,59% de inquilinos com aluguel atrasado em agosto.
As ações judiciais propostas nos Fóruns da Capital somaram 1.605 em setembro, 12,91% a menos que as 1.843 de agosto. Houve redução de 4,88% nas ações por falta de pagamento (de 881 para 838); de 23,92% nas de rito sumário (de 832 para 633); e 15% nas consignatórias (de 20 para 17). O número de ações renovatórias aumentou 15,56% (de 45 para 52) e o das de rito ordinário ficou estável (65 nos dois meses).
Apartamento é o imóvel preferido
Os imóveis usados com preço final de até R$ 600 mil foram os mais vendidos na Capital em setembro – 60,87% do total negociado pelas 268 imobiliárias consultadas pelo Creci – SP.
Na divisão por faixas de preços, 52,33% se enquadraram na de valor médio entre R$ 6.000,01 e R$ 7.000,00 o metro quadrado.
A participação do financiamento imobiliário nas vendas de setembro foi de 50%, e as realizadas com pagamento à vista somaram 46,74%. Uma parcela pequena, de 3,26%, teve o pagamento parcelado pelos donos dos imóveis.
Quem comprou imóvel usado nesse mês preferiu apartamento (71,74%) a casa (28,26%) e, por opção ou por preço, situados em bairros da Zona B, que concentrou 32,61% das unidades vendidas em setembro. As demais ficaram distribuídas entre a Zona D (23,9%), Zona A (16,31%), Zona E (14,15%) e Zona C (13,03%).
Os descontos médios aplicados aos preços iniciais de venda foram de 8,9% para imóveis de bairros da Zona E; de 6,92% nos da Zona A; de 6,2% para os da Zona C; de 4,22% para os da Zona D; e de 2,75% para os da Zona B.
A maioria das casas e apartamentos vendidos em setembro (86%) é do padrão construtivo médio, com o restante dividido entre o padrão standard (11%) e o padrão luxo (3%).
Vendas de imóveis
No mês de setembro o índice de vendas de imóveis por imobiliárias foi de 0,3433 e no mês de agosto ficou em 0,4173, o que representa uma redução de 17,74 %.
A participação das casas nas vendas de imóveis foi de 28,26 % e dos apartamentos foi de 71,74 %. Em setembro, os preços do m² dos imóveis negociados pelas imobiliárias subiram 12,89 % em relação ao mês de agosto, na média.
Apesar dos desafios que se apresentam no mercado imobiliário no Estado de São Paulo, os indicadores mostram que há boas perspectivas para a atuação de imobiliárias e corretores de imóveis com a ampliação da oferta de crédito imobiliário.
Formas de pagamento praticadas
SÃO PAULO – CAPITAL
Formas de pagamento / Proporção
À vista 46,74%
Caixa 7,61%
Outros bancos 42,39%
Direto c/ proprietário 3,26%
Consórcio 0,00%
Percepção do mercado imobiliário
SÃO PAULO – CAPITAL
Melhor 26,49%
Igual 44,78%
Pior 28,73%
Se você acredita que essa informação é de utilidade pública, aproveite para compartilhar este post com seus amigos.
Curso de corretor de imóveis: como fazer a distância
Estudar online para se tornar Corretor de Imóveis oferece uma série de vantagens e benefícios ... Read more
Corretor de Imóveis emite nota fiscal? Veja o vídeo e descubra!
Contabilidade e gestão financeira são estratégias para o corretor de imóveis economizar, aumentar os ganhos ... Read more
Sem comentários