Entidades avaliam o mercado após a elevação da taxa básica de juros Selic no país que passou para um índice de 4,25% ao ano
A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), no dia 16 de junho, decidiu pela elevação da Selic, a taxa básica de juros da economia. Com o reajuste, a taxa Selic passou de 3,5% para 4,25% ao ano. O aumento da Selic ajuda no controle da inflação, mas eleva os juros no crédito, que apesar da alta na taxa se mantém em níveis baixos.
Considerando o mercado imobiliário, um dos mais importantes do PIB (Produto Interno Bruto, soma de bens e serviços do país), a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), acredita que mesmo com o aumento da Selic, as taxas de crédito imobiliário seguem em patamares baixos e o setor se mantém bastante atraente tanto para os investimentos quanto para as pessoas interessadas na aquisição da casa própria.
“O ambiente de negócios continua propício, com grande atratividade para investimentos em imóveis em comparação com as aplicações financeiras tradicionais”, comenta Luiz França, presidente da Abrainc.
Em nota, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, afirmou que o novo aumento ocorre em um cenário de recuperação econômica ainda não consolidada.
“O PIB mostrou bom desempenho no 1º trimestre do ano e animou as expectativas para um crescimento acima de 5,5% neste ano. Porém, um aumento excessivo dos juros em um cenário de recuperação econômica ainda não plenamente consolidada pode prejudicar o processo de retomada do crescimento econômico do Brasil.”
Para a CNI (Confederação Nacional da Indústria), a decisão do Copom é “equivocada”. A nota da entidade destaca que a medida encarece crédito para consumidores e empresas justamente em um “momento crítico da atividade econômica, que sofreu novo impacto negativo com a segunda onda da pandemia“. A CNI lembra que a produção industrial de abril de 2021 ainda está 6,6% abaixo do nível alcançado em dezembro de 2020.
“A decisão por um terceiro aumento expressivo da Selic vai de encontro a essa necessidade e desestimula a demanda ao aumentar o custo do financiamento de maneira significativa”, afirmou o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade.
Também em nota, a Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), ressalta que um aumento da taxa básica de juros da economia Selic em 0,75 ponto percentual neste momento está em linha com a evolução do quadro inflacionário atual e com o aumento das expectativas para a inflação para os próximos meses.
De acordo com a entidade, os indicadores de atividade econômica têm surpreendido positivamente, o que corrobora com um cenário de maior pressão inflacionária nos próximos meses.
“Desse modo, a federação entende que o ciclo de alta da taxa básica de juros é compatível com o momento e garante a ancoragem das expectativas. No entanto, é imprescindível acrescentar que o cenário é adverso e depende de políticas adicionais que assegurem preços em níveis baixos e crescimento econômico sustentável”, avaliou a Firjan. As informações são da Agência Brasil e da Abrainc.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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