Pesquisa setorial do CRECI-SP aponta para uma nova tendência de aumento de pessoas que procurar imóveis para alugar no interior do Estado
A pesquisa de venda e locação de imóveis residenciais usados divulgada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECI-SP), com dados levantados em maio de 2021, sinaliza um aumento significativo na procura por locações no interior paulista.
Foram consultadas 908 imobiliárias em 37 cidades paulistas, que apresentaram um panorama das vendas e locações no Estado de São Paulo, comparando resultados de maio e abril.
Em maio, a soma das chaves que voltaram para as mãos dos locadores no Estado de São Paulo foi equivalente a 84,85% do total de novos contratos. Assim, a cada 100 novos contratos de aluguel assinados, outros 84 foram cancelados.
Isso reverteu a tendência no mês de abril, em que o total de cancelamentos nos contratos de aluguel ultrapassava em 9,54% o número de novas locações assinadas no período. Ou seja, para cada 100 casas e apartamentos alugados em abril, cerca de outros 110 encerravam contratos de locação no período.
Para o presidente do CRECI-SP, esse é um sinal de que, aos poucos, a vida vai tentando voltar ao normal, com a abertura gradativa do comércio, a retomada das transações imobiliárias e a população ganhando mais confiança na manutenção de seus empregos.
“O número de imóveis alugados em maio foi 16,37% maior que o de abril, o que traz um saldo anual acumulado de 20,37%. Os locadores também conseguiram chegar a um consenso com seus inquilinos na questão do índice a ser usado para o reajuste locatício. Muitos preferiram evitar o IGP-M que estava causando uma inviabilidade na renovação dos aluguéis. E a resposta do mercado foi imediata.”
As vendas também cresceram na comparação entre abril e maio, mostrando boas expectativas para atuação de imobiliárias e corretores de imóveis. Os negócios sofreram uma expansão de 5,23% nesse período e com isso, o volume anual de vendas acumulado chegou a 9,61%.
As quatro regiões em que a Pesquisa CRECI-SP divide o Estado de São Paulo apresentaram alta na quantidade de casas e apartamentos alugados entre abril e maio. Na Capital, o aumento foi de 13,04%; no Interior, de 12,86%; no Litoral, de 49,4% e na Grande São Paulo (que inclui as cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Guarulhos e Osasco), de 18,68%.
Com isso, tanto aqueles inquilinos que têm apenas um imóvel para alugar quanto os grandes investidores passaram a ter boas expectativas para esse nicho do mercado.
A garantia locatícia mais utilizada em maio foi o fiador, com 38,08% das transações. Quase empatados na segunda posição vieram o seguro fiança (22,06%) e o depósito em poupança de três meses de aluguel (21,55%). Na sequência, fecharam o ranking a caução de imóveis (9,92%), a cessão fiduciária (4,32%) e os aluguéis sem garantia (4,07%).
Os descontos concedidos para a assinatura dos novos contratos ficaram menores de abril para maio. Nas áreas nobres das principais cidades consultadas, eles caíram 27,41% na comparação dos dois meses, passando de 10,91% para 7,92%. No Centro, tiveram queda de 10,37% (partindo de 10,61% para 9,51%) e nas demais regiões, diminuíram 12,29% (reduzindo de 12,37% para 10,85%).
Os inquilinos demonstraram preferência pelo aluguel de casas e apartamentos no valor de até R$ 1.200,00, que responderam por 58,68% dos contratos.
O comparativo de vendas no Estado de São Paulo de maio em relação a abril também foi positivo, fechando no azul em 5,23% e acumulando alta anual de 9,61%. Somente a Capital apresentou redução nos negócios de 12%. No Interior, houve aumento de 5,36%; no Litoral, de 17,16% e na Grande SP, aumento também de 13,97%.
Os negócios à vista aparecem na liderança das vendas estaduais de maio, representando 47,06%. Na segunda posição, ficaram os financiamentos concedidos por bancos privados, com 34,72% das vendas. A Caixa ocupou o terceiro lugar, financiando 15,18% das negociações. Na sequência, aparecem as vendas diretamente com o proprietário (2,47%) e os consórcios (0,57%).
Casas e apartamentos no valor de até R$ 400 mil representaram a maioria dos negócios realizados em maio, com 55,60%. E os descontos concedidos pelos proprietários ficaram menores em maio na comparação com abril. Caíram 36,36% para os imóveis nas áreas nobres (de 8,03% para 5,11%); 4,83% na região central (de 7,46% para 7,10%); e 12,82% nas demais regiões das principais cidades consultadas (de 11,70% para 10,20%).
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Foto: Caixa/Divulgação
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