A Selic é o principal índice econômico do país e está relacionada a economia e controle da inflação; saiba como ela afeta nossa vida
Em qualquer discussão que envolva um assunto a respeito de economia, como pagamentos, empréstimos, compra e venda, locação, investimentos, construção e reforma, entre tantos outros, a expressão taxa Selic é uma questão recorrente.
Até parece que tudo em nossa vida está ligado de algum modo a ela. E não por acaso. A Selic é a maior referência que existe no mercado, quando estamos falando de transações financeiras e movimentações de dinheiro. É ela que determina os rumos econômicos do Brasil.
Por tudo que a Selic representa no contexto geral da economia é importante conhecer os agentes que fazem parte desse complexo sistema. Como qualquer sinalização de mudança na taxa afeta a vida de todos, é interessante conhecer seus aspectos principais.
Afinal de contas, para comprar um imóvel à vista ou com financiamento é importante estar de olhos bem abertos para saber a hora certa para fazer o melhor negócio.
Então vamos conhecer melhor esse fenômeno que é a taxa Selic para descobrir por que as suas variações e ciclos de baixas e altas afetam tanto o nosso bolso.
Em poucas palavras, a taxa Selic é o principal índice que representa os juros básicos da economia brasileira. A sua movimentação influencia diretamente as taxas de juros que são praticadas no mercado em geral e pelas instituições financeiras no país.
Isso quer dizer que essa taxa afeta a forma de cálculo dos juros que o banco vai cobrar do cliente ao conceder um empréstimo e também no retorno de um investidor ao realizar uma aplicação financeira.
A Selic tem um nome simples, mas o seu significado é um tanto complexo. É uma expressão abreviada para Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, uma plataforma administrada pelo Banco Central para a negociação de títulos públicos federais.
A taxa média registrada nas operações financeiras que são feitas diariamente nesse sistema eletrônico é o que determina a Selic. Em termos gerais, essas negociações são empréstimos de curtíssimo prazo – normalmente com vencimento de um dia – realizados entre instituições financeiras, que têm títulos públicos federais dados como garantia.
Os títulos públicos federais são papéis do Tesouro Nacional que representam empréstimos feitos ao governo federal e considerados investimentos de baixo risco. A taxa média dessas operações diárias ganha o nome de Selic “Efetiva”. Ainda existe ainda a Selic “Meta” que é a mais comum e a que ouvimos falar com mais frequência no dia a dia.
Pela sua extrema importância no mercado, a taxa Selic é a maior referência para o custo das linhas de crédito em geral. Quando ela é elevada, a tendência é de que operações de empréstimos e financiamentos fiquem mais caros. Quando a Selic cai, a tendência é pelo movimento contrário e os juros do crédito ficam mais baratos.
A Taxa Selic fez sua estreia no mercado no dia 11 de outubro de 1979, criada pela Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) e pelo Banco Central, a partir da Circular 466 que aprovou o Regulamento do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia de Letras do Tesouro Nacional.
Nesse período, o Brasil vivia um cenário de hiperinflação e o governo federal precisava de uma ferramenta de controle com muita agilidade para enfrentar a crise econômica.
O objetivo era tornar a negociação de títulos públicos mais segura e transparente para o mercado. Dessa forma, qualquer mudança tomada pelo Banco Central na taxa básica de juros causa reflexos de alta ou queda na inflação e na economia.
Bom, agora que sabemos que a Selic é um instrumento para dar mais transparência no controle da inflação e da economia. Resta descobrir quando e como é definida essa taxa tão importante no contexto econômico do Brasil.
A taxa Selic Meta (lembra, aquela mais comum que a gente ouve no dia a dia!) é definida e anunciada pelo Copom (Comitê de Política Econômica), um departamento do Banco Central formado pelo seu presidente e por alguns diretores.
Ela representa o alvo perseguido pela instituição para a Selic Efetiva (aquela negociada no curtíssimo prazo entre as instituições financeiras). Isso significa que o BC pode usar suas ferramentas – que são basicamente as negociações de títulos públicos – para conduzir a taxa Efetiva para que ela fique o mais perto possível da taxa Meta.
O Copom se reúne a cada 45 dias para fazer um planejamento e decidir que Selic Meta vai vigorar no próximo mês e meio. Essas reuniões são extremamente técnicas e seguem um calendário definido no ano anterior. Em geral, duram dois dias.
De acordo com o protocolo do Banco Central, em cada um desses encontros os participantes trabalham com projeções, discutem sobre as perspectivas para a economia brasileira e global, avaliam as condições de liquidez e o comportamento dos mercados.
Os membros do Copom votam sobre os rumos da Selic Meta somente depois de receber e analisar todas essas informações, além de considerar os principais riscos e potencialidades do cenário macroeconômico futuro.
São basicamente três cenários que podem ser apresentados como resultado da reunião em torno da Selic: manutenção atual da taxa (demonstrando estabilidade na inflação e economia), aumento da taxa (indicando necessidade de maior controle na inflação e economia) e redução da taxa (sinalizando necessidade de menor controle na inflação e economia).
A decisão do Copom é soberana. A divulgação acontece no mesmo dia por meio de um documento distribuído pela internet, chamado popularmente de Ata do Copom.
Agora que você sabe o que é Selic, aproveite que você está aqui no blog do IBRESP para conferir muita informação, dicas e curiosidades sobre o mercado imobiliário.
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