Pesquisa da Abrainc mostra que os lançamentos de imóveis novos somaram 26.973 unidades nos primeiros três meses desse ano
Os lançamentos de imóveis novos registraram alta de 2,2% no primeiro trimestre de 2022, colaborando para um desempenho superior ao agregado no mesmo período do ano anterior.
De acordo com as últimas informações relacionadas a 18 empresas associadas à Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), os lançamentos de imóveis novos somaram 26.973 unidades no primeiro trimestre deste ano.
Considerando os últimos 12 meses encerrados em março de 2022, o número de unidades lançadas pelas incorporadoras totalizou 154.315 imóveis novos no mercado doméstico, volume que supera em 20,1% a quantidade lançada pelas mesmas empresas nos 12 meses precedentes.
Comparativamente, foram comercializadas 36.928 unidades no primeiro trimestre de 2022, o equivalente a um aumento de 6,2% em relação ao volume transacionado no período correspondente do ano anterior.
No acumulado nos últimos 12 meses encerrados em março de 2022, por sua vez, as 145.735 unidades vendidas superaram marginalmente a quantidade total transacionada nos 12 meses precedentes (+0,7%).
Pela ótica das vendas líquidas (total de vendas com exceção das distratadas) – calculadas com base no volume de vendas e de distratos em um dado período – registrou-se uma alta de 8,3%, no primeiro trimestre de 2022, e de 1,9%, no horizonte dos últimos 12 meses.
Analisando-se os números da incorporação nos recortes residenciais, os empreendimentos associados ao Programa Casa Verde Amarela (CVA) ainda representam a maior parcela das unidades lançadas e comercializadas tanto no primeiro trimestre do ano (62,9% e 73,8%, respectivamente) quanto na média dos últimos 12 meses (56,4% e 77,0%, respectivamente).
A perda de participação das unidades com esse perfil tem refletido entraves pelo lado da oferta (como as regras e limites que definem o enquadramento de imóveis, o nível de subsídios e a alta nos preços de insumos da construção) e também da demanda por imóveis do segmento (exemplificado pela queda real no rendimento médio das famílias, especialmente as mais pobres).
A combinação desses fatores afeta negativamente a viabilidade econômico-financeira dos empreendimentos e compromete o affordability desses imóveis, isto é, a capacidade das famílias em acessá-los.
Na prática, tais efeitos podem ser observados ao se analisar o próprio desempenho recente do segmento: no primeiro trimestre de 2022, por exemplo, as 16.960 unidades lançadas representaram uma queda de 10,0% em relação ao registrado pelo segmento no mesmo período do ano anterior.
Os lançamentos do segmento, por sua vez, totalizaram 86.867 unidades no acumulado dos últimos 12 meses, o que corresponde a um recuo de 17,7% em relação ao volume comercializado nos 12 meses anteriores.
Os números negativos se estendem para o campo das vendas do primeiro trimestre de 2022 (26.942 unidades), que representaram um declínio de 9,0% em relação ao mesmo período do ano anterior, ao passo que, no acumulado em 12 meses, o volume comercializado atingiu 110.337 unidades relacionadas ao programa Casa Verde Amarela, o que corresponde a uma baixa de 7,3% em relação ao período anterior.
Vale a pena ressaltar que o desempenho recente do segmento Casa Verde Amarela ainda não repercute os ajustes mais robustos que o governo realizou na curva de subsídios do programa, via aprimoramento do desconto complemento.
A implantação da nova curva deve beneficiar diretamente as famílias elegíveis (com renda de até R$ 4 mil), facilitando e ampliando o acesso ao crédito imobiliário.
Em contraste, imóveis residenciais associados ao perfil de médio e alto padrão têm apresentado desempenho positivo e consistente, acarretando avanços em termos de participação de mercado.
O número de imóveis lançados por esse segmento no cômputo agregado no primeiro trimestre de 2022 (10.013 unidades) representou uma elevação de 35,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior, além de contribuir para a alta de 196,1% no horizonte dos últimos 12 meses (67.132 unidades).
No âmbito ao desempenho de imóveis comerciais, o resultado do segmento também foi relevante e positivo, considerando as 9.553 unidades transacionadas no trimestre móvel encerrado em março de 2022 (alta de 109,0% em relação ao mesmo período do ano anterior) e 32.919 unidades, no cômputo dos últimos 12 meses (crescimento de 43,5% em comparação aos 12 meses anteriores).
Vale ainda sublinhar o desempenho do segmento de médio e alto padrão no caso das vendas líquidas (crescimento de 120,5% no primeiro trimestre de 2022 e de 50,9%, nos últimos 12 meses) e na relação distratos-vendas (que recuou 4,6 pontos percentuais no primeiro trimestre de 2022 e 4,4 pontos percentuais, na média dos últimos 12 meses) – indicadores que tem contribuído positivamente para o resultado da incorporação no início de 2022, diante de um cenário de elevação das taxas de juros e de pressão inflacionária sobre os custos das empresas e a renda disponível das famílias.
A partir da análise dos dados e indicadores de lançamentos de imóveis é possível avaliar as tendências do mercado imobiliário e o comportamento do cliente para orientar o trabalho de imobiliárias e corretores de imóveis.
Encontro IMOB com os FERAS promete uma experiência transformadora de conhecimento para profissionais do mercado ... Read more
Instrução Normativa 2.091 da Receita Federal diz que o parecer técnico da avaliação de imóveis ... Read more
O mercado imobiliário tem boas oportunidades para vendedores e compradores, mas é importante saber o…
A avaliação de imóveis na área jurídica é mais uma grande oportunidade para o corretor…
Com a possibilidade de altos ganhos, o corretor de imóveis virou uma profissão muito atrativa.…
Quem atua com a negociação imobiliária recebe honorários com base em comissões e premiações. Descubra…
Para comprar um imóvel com segurança é importante contar sempre com um profissional de confiança.…
Para atuar na negociação de imóveis é necessário se preparar e cumprir requisitos. Descubra o…
This website uses cookies.